Hoje na África do Sul, o técnico Dunga e seu fiel escudeiro, Jorginho, falaram com a imprensa. Tudo bem que temos que ouvir os comandantes da seleção canarinha, mas o estilo turrão de Dunga deu lugar ao tom irônico e, na minha opinião, sem motivo de ser.
Alguns colegas que lá estão dizem que Dunga foi alegre. Espera ai, ser irônico, agora é sinônimo de alegria? Calma lá, Dunga. A imprensa não tem culpa que a CBF agora tem um novo modo de atuar na comunicação: lá na África não haverá zona mista (costumeira em outras épocas), apenas coletivas, dois jogadores, de frente a um microfone e quiçá de 300 jornalistas. A imprensa não tem culpa se o trabalho é cerceado e que se precisa tirar, duas, três matérias por dia em uma coletiva em que os jogadores estão engessados OU por conta da assessoria da CBF OU por que não querem mesmo sair do lugar comum.
Paciência.
Tudo bem, é preciso organizar 300 jornalistas, porém, fica muito mais complicado o trabalho. Heróis serão os repórteres que conseguirem extrair alguma boa resposta da seleção. Heróis serão fotógrafos e cinegrafistas que fazem um jornalismo imparcial e que vem buscando as melhores imagens para nós, meros expectadores, de mais uma saga que se inicia.
Paciência.
Trabalhar na cobertura de uma Copa do Mundo é o grande patamar de muitos jornalistas esportivos, mas ter libertade para trabalhar, talvez valha mais do que ter uma credencial no currículo. Por isso que não gosto de entrevistas coletivas. Tudo mais do mesmo, às vezes sem sal e sem açúcar; mau-humor de quem não está afim de falar, mas é "obrigado".
Paciência.
Escolhi ser jornalista; boa aventura aos meus amigos e colegas que estão com a seleção.
Paciência.
Porque como leitora de quem está lá, tenho certeza que não verei muita coisa diferente de uma mídia para outra.
Certo é que época de Copa do Mundo o menos é mais, sacou?
Logo mais no AM 1540 você confere um bom trecho da coletiva do técnico Dunga.
Boa Sorte, sou brasileira, que o hexa venha!!
Por July Stanzioni, repórter Expressão da Bola
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