quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Muricy nas alamedas de Palestra Itália




Muricy Ramalho é técnico com “t” maiúsculo. Sisudo, língua solta, dono de um falar direto, sem rodeios, o atual comandante alviverde é dessa turma de “professores” que necessita de tempo e de uma dose de paciência para que seus resultados surtam efeito. Foi assim por onde passou. Náutico, São Caetano, São Paulo e por aí vai. No Palmeiras, fica a dúvida se Muricy Ramalho terá os dias necessários para fazer desse bom time de Palestra Itália uma máquina de ganhar títulos.

Mas antes de assumir certezas convém olhar a contratação de Muricy Ramalho pelo Palmeiras por pelo menos dois diferentes ângulos. O do próprio Ramalho e o do Palmeiras.

Sob o ponto de vista do Verdão, não há a menor dúvida do acerto em trazer Muricy Ramalho aos jardins suspensos de Palestra Itália. Muricy é o atual tricampeão brasileiro, moralmente, inclusive, é o tetracampeão, já que dirigia o Internacional no ano em que o Corinthians foi campeão, 2005, uma temporada repleta de muita confusão, com máfia do apito, erros de arbitragem e tudo mais. Portanto, ter um técnico desse nível no comando de sua agremiação é um luxo, é um privilégio e uma aposta certeira.

Mas e pelos lados de Muricy Ramalho? A aposta foi tão acertada assim? Penso que não. Por ser Muricy o tricampeão brasileiro e por pegar o Palmeiras na primeira colocação, jogando bem sob o comando de Jorginho, a torcida alviverde naturalmente não espera outra coisa senão um time bem articulado, ganhando jogos e mais jogos, buscando efetivamente o caneco do Brasileirão 2009. E é essa a expectativa da massa palmeirense, um anseio até lógico, que vai colocar mais molho no macarrão de Ramalho no Palestra Itália.

Além disso, Muricy Ramalho é diferente e é justamente aí que o caldo entorna. Muricy é técnico mesmo e como todo bom treinador precisa de tempo para organizar seu time, montar seu elenco e assim ganhar campeonatos e mais campeonatos. Pegar times já estruturados e no meio do certame não é a cara de Ramalho. Nunca foi, na verdade.

Sendo assim, penso que para o Palmeiras e sua diretoria foi um ótimo negócio ter Ramalho no Parque Antártica, porque tira a pressão e mostra que a diretoria fez o que podia fazer. Mas para o treinador, que assiste ao ressurgimento do São Paulo, seu ex-time, na competição, sua ida poderá significar um tremendo de um equívoco. O melhor mesmo seria Muricy ter aguardado o fim do ano, quando poderia escolher onde, como e com quem trabalhar e voltar com tudo ao cenário da bola. No mais, o que Muricy fez foi botar uma faca em seu pescoço, dessas que Jason adora mostrar em seus filmes de terror. E por falar em Jason, seria legal fazer um teste de DNA nele, porque certamente há algo de são-paulino nessa figura popular de Hollywood!


Por Maurício Capela

Um comentário:

Unknown disse...

eu quero que voces mim boti para joga a i e meu sonho ? mais eu vo fazer um testi