domingo, 5 de dezembro de 2010

4 vezes "É Muricy!"


Acabou o campeonato Brasileiro de 2010!

Em Goiânia o Corinthians empatou com o time reserva do rebaixado e guerreiro Goiás e por sí só tirou sua chance de título!

O Cruzeiro saiu perdendo do Palmeiras, virou o jogo e torceu até o fim por um gol do Guarani!

Mas o gol não aconteceu e com uma vitória “a la Mujica” por 1x0, o Fluminense foi o grande campeão Brasileiro!

Um time que tinha jogadores de renome como Deco, Belletti e Fred, um craque argentino chamado Conca, mas principalmente tem um homem predestinado a ser campeão!

Muricy Ramalho, ex-meia atacante, ídolo do São Paulo, começou como técnico no começo da década de 90, sendo assistente técnico de Telê Santana, comandando o “expressinho” tricolor em torneios menores, usando as táticas daquele que ele chama de Mestre. Em 97 teve sua primeira chance real, substituindo Parreira no tricolor. Depois disso rodou pelo México, pela China até chegar ao Náutico, onde começou uma série de títulos estatuais (2001, 2002 e 2003, pelo Náutico, 2004 pelo São Caetano e 2005 pelo Internacional) e chegou ao São Paulo, onde iniciou seu recomeço. Depois de um vice-campeonato pelo Inter em 2005, chegou ao Tricampeonato nacional pelo time do Morumbi. Desgastado por eliminações na Libertadores, foi demitido do tricolor e seguiu o caminho que Telê, “pulando o muro” e indo treinar o Palmeiras. Lá fracassou e foi dado como derrotado, descreditado...

Mas o Fluminense acreditou no seu trabalho, sofreu com uma desconfiança inicial, mas logo levou o time tricolor a liderança do Brasileiro. Aí veio um momento decisivo...

Após a Copa do Mundo, Dunga foi demitido e Ricardo Teixeira convidou Muricy para ser técnico da seleção. Muricy, sempre ético, não disse que sim antes de falar com o Fluminense. O Fluminense, inimigo político da CBF, recusou liberar Muricy. O Técnico aceitou a decisão do clube e recusou o convite da CBF. Mano foi escolhido.

Agora o técnico tinha uma responsabilidade e foi atrás do título. Com os desfalques, começou a ter queda de rendimento, chegou a ficar em terceiro no campeonato, mas na reta final cresceu (com “ajuda” de São Paulo, Palmeiras e também do Corinthians) e chegou na última rodada dependendo apenas das próprias pernas para ser campeão.

E conseguiu, um suado 1x0 contra o Guarani, que garantiu o 4º título do Muricy em seis anos.

E assim como seu Mestre Telê Santana, fez história em dois tricolores. Telê foi herói no Flu, onde ficou conhecido como Fio de Esperança e no São Paulo se tornou o primeiro técnico a se tornar ídolo maior de uma torcida. Muricy é tricampeão com o São Paulo e Campeão com o Fluminense, que a muito tempo não vencia títulos de expressão!

Parabéns Fluminense, Parabéns Muricy Ramalho!

E ao torcedor, agora resta apenas o Mundial e a torcida brasileira é pelo Inter de Porto Alegre!

Depois começa aquele período chato entre o fim do Mundial e o início dos estaduais.

Um comentário:

Adir disse...

Foda-se essa bichona do Muricy!