sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O Professor do Brasileirão





Paulo Silas, ou simplesmente Silas, era bom de bola. Talentoso, dono de uma visão de jogo rara, Silas nasceu para o futebol em um meio-campo espetacular do São Paulo Futebol Clube, formado inicialmente por Márcio Araújo, Pita e Silas. Mas no decorrer do Paulistão de 85, o Tricolor resolveu repatriar Paulo Roberto Falcão. E aí é até.desnecessário opinar sobre uma meia cancha dessas.

Silas já naquela época era diferente. Além de comandar os “Menudos do Morumbi”, que tinha Careca como ídolo maior, Silas se diferenciava pelos seus passes geniais e chutes de longa distância. Era o cérebro daquele time, porque Falcão logo encerrou a carreira e Pita, craque que era, gostava mesmo era de jogar perto do gol adversário.

Com o título de 85 nas mãos, ao bater a Portuguesa por duas vezes nas finais, Silas definitivamente sacramentou sua sina ao ficar com o Brasileirão de 86, vencendo o Guarani. Um campeonato em que Careca só não fez chover.

Hoje, Silas é Paulo Silas. E comanda um bicolor e não um tricolor. Faz um trabalho excepcional no Avaí e se credenciou a desembarcar em futuro próximo em algum clube de maior expressão do cenário brasileiro. Além de ter subido com o time de Santa Catarina e ter faturado o campeonato estadual, Silas empreendeu uma recuperação fantástica com essa equipe no Brasileirão. De candidato a rebaixamento, passou até a postular Libertadores, mas vai ficar mesmo é com uma vaga na Sul-Americana.

Silas, ao lado de Vagner Mancini e Dorival Júnior, serão as estrelas maiores dos bancos de reservas em breve no Brasil. Treinarão potências e vão disputar canecos a rodo. Nessa disputa pelo estrelato, Mancini, é fato, caiu um pouco com sua demissão do Santos e Dorival lidera com folga, porque o Vasco de 2010 será bem diferente do de 2008 e de 2009. E arrisco dizer que os três serão mais vitoriosos como treinadores do que como jogadores. Esperemos!


Por Maurício Capela

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